Quando iniciamos as nossas pesquisas por nossos ancestrais, muito naturalmente começamos com um longa conversa com nossos parentes mais antigos vivos. Perguntamos por seus pais, avós, bisavós, tios e tios-avôs, buscamos por lugares e datas que remontem nossa árvore a quão longínqua quanto possível, então anotamos tudo. Seja em papel ou mantendo uma arvore online pelo FamilySearch ou outro site. Mesmo com os recursos de indexação de livros manuscritos de assentos de batismos, crismas, casamentos e óbitos desta conhecida ferramenta, chega o momento em que empacamos em uma escassez de nomes e dados. Gostaria de compartilhar outros dispositivos de busca que estão a disposição aos que começam por sua investigação familiar.
O primeiro são os conteúdos encontrados em jornais antigos. Através de uma busca nominal se pode encontrar através da tecnologia de OCR[1] embutida em arquivos imagem com texto. Me utilizo do site da BN (Biblioteca Nacional) – Hemeroteca Digital
La e possível fazer uma busca personalizada, escolhendo por jornal, período e localidade e a palavras que quer buscar. Um exemplo; como busco a palavra “Barros Leira”, um dos sobrenomes que pesquiso e sei que estiveram no estado da Paraíba, escolho o local e clico em Buscar, que me deu o seguinte resultado:
Encontrou 4 ocorrências no jornal – A Regeneração, 3 em O Governista Parahybano, 2 em O Publicador, 2 em o Almanak do Estado e 1 em o Gazeta do Sertão. Clicando-se por exemplo, em Gazeta do Sertão, ele me traz a página do jornal, trazendo grifado a minha pesquisa, encontrado pelo sistema de OCR.
E possível também baixar a página desejada para o seu computador, para que possa guardar com seus documentos de pesquisas. Uma dica importante sobre o mecanismo de busca e de que e valido utilizar de formas de grafia distintas para auxiliar as buscas do sistema OCR, como por exemplo, a palavra açude como assude, asude, açude ou parte da palavra, como Oliveira, Olyveira, Olivei...etc. (Se tiver mais dúvidas, veja este manual – docpro – Como Pesquisar)
Outra fonte de pesquisas são os arquivos do AHU[2], através de documentos como requisições de sesmarias, cartas-patentes, alvarás ou cartas manuscritas que podem estar na base de dados deste projeto. E possível que algum de seus antepassados possa ter tido algum cargo militar, requisitado sesmarias ou estar figurando como algum membro da câmara de vereadores. Se já tem alguns nomes ou sobrenomes, não custa nada experimentar uma busca neste site do Projeto Resgate – da Biblioteca Luso Brasileira. A dica da busca que deixei no primeiro site, vale para este também, faca uma variação de grafia nos nomes ou sobrenomes que tem, pode ser que a mudança de uma letra, faca encontrar as informações que busca. Boas pesquisas!
[1] OCR, acrônimo para o inglês Optical Character Recognition, é uma tecnologia para reconhecer caracteres a partir de um arquivo de imagem ou mapa de bits sejam eles escaneados, escritos a mão, datilografados ou impressos. Dessa forma, através do texto editável por um computador. (Wikipédia)
[2] Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (AHU) – o maior acervo de documentação colonial brasileira no exterior – foram descritos, classificados, microfilmados e digitalizados. Aproximadamente 340.000 documentos (perto de três milhões de páginas manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa.
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